terça-feira, 10 de junho de 2014

Poema - Carlos Drumond de Andrade

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Carlos Drummond de Andrade )
(Poema do livro Reunião – 10 livros de poesia. São Paulo: José Olympio, 1969. p. 26)
(Poema digitado e novamente conferido por mim mesmo em 5 de setembro de 2012, publicado emAntologia Poética - 12a edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, ps. 137 e 138) 

domingo, 27 de abril de 2014

BOM DIA CARINHOSO

Que o dia de hoje esteja trazendo o novo, a mudança e o grande vôo! Que o agora seja vibrante em nossos corações sem projeções futuras, sem memórias passadas. Vamos experimentar o abandono dos pesos , vamos tentar ser como o pássaro que canta lá fora nesse exato momento, ser como a árvore que faz a sombra amena, como o sol que reflete vida a cada segundo.. Sintonizar o nosso eu nesse instante que está chegando, porque ele revela a única existência verdadeira e respira cheio de possibilidades reais. O instante de agora traz nele a mais pura semente germinável, aquela que é capaz de transformar todos os nossos conceitos condicionados . Sentir o contato, o toque suave desse dia, fechar nossos olhos e tentar absorver o agora o entendendo como o grande presente da energia, percebendo a grandiosidade que nos é oferecida quando abrimos realmente os braços para recebê-lo sem tensões, sem as interferências da mente, sem os pensamentos que o anulam. Recebê-lo com as portas do coração abertas e renascer, mergulhar, conhecer a consciência de ser na exuberância desse instante. Como borboletas que seguem em direção à Luz, que cada um de nós saiba abandonar os antigos casulos e voe em direção ao brilho da vida que está começando agora.
Autor desconhecido.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PARÁBOLA DO CONHECIMENTO

Um milionário excêntrico que queria ser sábio resolveu fazer uma viagem à Índia para contatar um guru.
Lá chegando, foi até um castelo nas montanhas, onde encontrou um homem sábio.
Aproximou-se e disse:
- Senhor guru, eu quero ser sábio!
O homem sorriu diante da solicitação direta do milionário e com a voz pausada disse:
- Pois não, isto não tem nada de difícil; aliás, o senhor chegou em um momento muito importante, pois estamos exatamente na hora do chá.
E tomando o bule indagou:

- O senhor aceitaria uma xícara de chá?
O milionário prontamente aceitou, e o guru pegou uma xícara e começou a servi-lo.

Foi enchendo, enchendo a xícara até que xícara encheu e o chá começou a transbordar, mas, mesmo assim o homem sábio continuou colocando chá.

O milionário, sem entender, e percebendo que o homem sábio não parava de colocar o chá na xícara disse apontando para a xícara:
- Sr. Guru, está transbordando!

O guru olhou para o milionário sem cessar de colocar o chá na xícara e respondeu-lhe:
- Eu sei - e completou - esta xícara está exatamente como sua cabeça, ou seja, enquanto não tirar o que ela tem dentro, nada de novo conseguirá colocar nela. 
Qualquer pessoa – ou organização –  que suponha que o que sabe e o que a levou a ter sucesso no passado terá de continuar para garantir sucesso no futuro, fatalmente estará fadada ao fracasso.

Quando um paradigma muda, tudo volta a zero.
Seu conhecimento e seu passado não garantem nada no mundo se as regras mudarem.
Assim, este é o maior desafio de nossos tempos o de aprender a desaprender para, só depois aprender e aprender algo novo.
Aliás, desde que Peter Senge lançou seu livro A Quinta Disciplina que se fala muito em aprender a aprender. Aprender não é só uma questão de se inscrever em um curso e ser alimentado de informações à força.
O verdadeiro aprendizado vem de ter curiosidade constante sobre o mundo e aproveitar as várias oportunidades que surgem.
Requer leitura e questionamento constantes, afinal, o segredo para uma vida calmamente satisfatória é o conhecimento.
Infelizmente, a quantidade mínima de conhecimento aceitável aumenta constantemente, e o conhecimento em si muda com a regularidade de uma queda d’água.
Isto significa que o que anteriormente estava no topo, hoje não tem nada a ver.
É possível ser exótico, talvez, quando se tornar obsoleto, mas não interessante, uma vez que algo interessante depende de se ter interesse.
O hábito de aprender é o que nos realiza, nos faz sobreviver e nos mantém interessados.
Neste sentido é claro que é importante, mas por outro lado, acredito que aprender a desaprender seja muito mais difícil.
Existem três condições para você aprender.
Vontade, disciplina e metodologia
Se você tiver vontade, disciplina e um método, não tenho dúvidas de que irá aprender.
Agora aprender a desaprender exige estas três condições e mais outra variante importante, que é a humildade.

Você pode estar pensando “o Rubens pirou de vez.”
Calma, eu explico.
Aprender a desaprender significa evoluir, deixar aquilo que acreditamos e aceitar novas verdades.
E como é difícil.
Existe uma ferramenta em qualidade total que se chama 5S, em que o primeiro S é o que os japoneses denominam de Seiri, que significa descarte.
Você não imagina como é difícil convencer as pessoas a abrir mão de objetos e coisas, a resistência é terrivelmente grande.
O triciclo do Juninho está pendurado no teto da despensa.
Como descartar, é o triciclo do Juninho, mas o Juninho está com 20 anos de idade.
Aquele vestido de noiva no armário e assim por diante.
Se é difícil descartar estas coisas físicas e materiais, agora você imagina descartar idéias, dogmas e verdades absolutas que adquirimos ao longo da vida?
Minha querida vovozinha não acredita que o homem pisou na lua.
Ela é burra?
É claro que não, ela apenas esqueceu de desaprender.
Gente, eu não estou dizendo que temos que esquecer.
Desaprender não é esquecer as coisas que aprendemos ao longo da vida, eu estou dizendo que temos que usar as coisas novas.
Isto é evolução.
Aprender talvez seja uma das coisas mais fáceis, e todos nós estamos aptos para isso, basta um pouco de esforço e dedicação.
Mas apenas aprender, não é suficiente.
Mais do que aprender, é preciso desaprender.
É preciso estar aberto às mudanças.
Só assim poderemos evoluir.
Desaprender significa deixar nossas verdades de lado e aceitar novas verdades.
Enfim, aprender a desaprender significa aprender a olhar as coisas de forma diferente, não considerando apenas o que os outros pensam e sim construir as próprias verdades.

OPORTUNIDADES OU AMEAÇAS?

empreendedorismo brasileiro Brasileiro é empreendedor por necessidade ou oportunidade?
É sabido que brasileiro é um povo criativo, trabalhador e que não foge da batalha. Mas qual a relação desses predicados do nosso povo com o empreendedorismo?
Para responder essa questão vale explicar brevemente sobre dois tipos de empreendedores, sendo eles:
Por necessidade: que decide investir em um negócio próprio pois a situação em que se encontra acabou por levá-lo a isso.
Por oportunidade: que torna-se empreendedor por ter detectado uma oportunidade de mercado na qual acredita que sua empresa possa se beneficiar.
O Brasil possui, em média, cerca de 2 empreemdedores por oportunidade para cada um por necessidade, e isso é algo muito positivo para a nossa economia, pois comprova a curva de desenvolvimento econômico do país. Temos cerca de 22 milhões de pessoas que possuem seu próprio negócio com até 3 anos e meio de existência (fonte: Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2010).
Sendo assim, podemos concluir que as empresas brasileiras estão em ótimas mãos e que somos um case de sucesso para o mundo em matéria de empreendedorismo, certo? ERRADO!

Você foi criado para ser um funcionário. Isso mesmo, a escola brasileira não forma empresário, mas sim, assalariado. Quantas vezes na escola você estudou sobre finanças? E administração? Marketing, talvez? Não, você ficou é decorando tabuada. Na melhor das hipóteses viu esses temas em um curso técnico e de maneira breve o suficiente para que você possa exercer uma função operacional dentro de uma companhia.
Uma outra questão é que a vida do brasileiro é pautada, no geral, pelo imediatismo. O que vou fazer hoje, agora, neste momento. Não faz parte da nossa cultura o planejamento de longo prazo, o que é uma característica fundamental para o empreendedorismo.
Você sabia que cerca de 27% das empresas paulistas morrem no primeiro ano de vida? Veja abaixo alguns depoimentos de empresários que faliram e os motivos que eles mesmos declararam (conforme pesquisa realizada pelo SEBRAE em Ago/10):
  • Não consegui trazer mais clientes. Precisava trabalhar o marketing da empresa. (Marketing)
  • Não consegui manter o lucro pretendido para manter um capital de giro satisfatório. (Finanças)
  • Administração, pois tinha noção apenas da produção. (Administração/ planejamento)
  • No início achei que era simples. Porém depois fui percebendo as dificuldades, problemas e obstáculos. (Planejamento e Gestão)
Os depoimentos acima comprovam o despreparo do empreendedor com relação aos conhecimentos fundamentais para a sobrevivência e gestão de um negócio.

domingo, 17 de abril de 2011

A APARÊNCIA DO EXECUTIVO

Dr. Thomas Case é fundador do Grupo Catho, que há 29 anos é referência no Brasil na procura por emprego. É o profissional que mais conhece o mercado de trabalho no Brasil por ter feito inúmeras pesquisas com, literalmente, mais de 1 milhão de executivos brasileiros. Desde 1988, pesquisa o mercado de trabalho com freqüência. Ele foi presidente de duas subsidiárias multinacionais e antes de vir ao Brasil trabalhou seis anos no deserto de Atacama, no Chile. É imigrante, naturalizou-se brasileiro e com orgulho vota em todas as eleições. Ele é Ph.D. em "Negócios Internacionais" pela The University of Michigan, possui MBA em Finanças com o título de melhor aluno da Oklahoma City University. Formou-se em Engenharia Mecânica pela Michigan State University e ganhou o título de Registered Profissional Engineer do Estado de Illinois por exame.
Dr. Thomas Case é um workaholic, que se preocupa agora com a sua contribuição para o Brasil!



Nesta semana tratarei de um assunto polêmico que, seguramente, deixará você furioso e indignado! O assunto é a aparência e como ela influencia no sucesso do executivo e na sua empregabilidade.

Quero partir de dois princípios:

1) Temos que lidar com o mundo como ele é, e não como deveria ser, independentemente das injustiças que ocorrem.

2) Para mim, todas as pessoas são bonitas, o que ocorre com algumas é que elas não tomam muito cuidado com a sua aparência.

Agora vamos passar para a parte polêmica: o mercado de trabalho discrimina a má aparência.

Como sabemos?

Podemos afirmar isso falando sobre a obesidade: 65,8% dos diretores e presidentes dizem indicam que têm alguma restrição à contratação de pessoas obesas. Um gerente do sexo masculino ganha R$ 92,00 por mês a menos para cada ponto a mais no IMC – Índice de Massa Corporal.

O que é o IMC?

É a quantidade de quilos divido pela altura em metros ao quadrado. É comprovado que as pessoas têm uma ligeira tendência de ficarem mais gordos e mais baixos com a idade. Apresento abaixo uma tabela com o IMC mediano de homens e mulheres:

Cargo e Idade
Homem
Mulher
Peso
Altura
IMC
Peso
Altura
IMC
Menos de 25 anos
75,00
1,77
23,90
59,23
1,65
21,83
26 a 30 anos
79,46
1,76
25,47
60,86
1,64
22,65
31 a 35 anos
81,23
1,76
26,16
61,57
1,63
23,05
36 a 40 anos
82,31
1,76
26,45
63,03
1,63
23,57
41 a 45 anos
82,35
1,75
26,70
63,30
1,63
23,91
46 a 50 anos
82,67
1,75
26,89
64,73
1,63
24,41
51 a 55 anos
82,78
1,75
26,99
63,96
1,61
24,54
56 a 60 anos
82,39
1,74
27,06
63,60
1,60
24,97
Acima de 60 anos
80,27
1,73
26,81
64,29
1,61
24,77



Você, caro leitor, pode calcular seu IMC e comparar com o valor mediano. Agora, vou compartilhar um "segredo de Estado" com você: eu estou de regime! Com 1,71m e pesando 83kg, meu IMC é 28,38. Minhas pesquisas mostram que, como diretor, eu devo ganhar R$ 62,00 por mês a menos para cada unidade de IMC em excesso. Em outras palavras: está me custando R$ 124,00 por mês o fato de ser apenas um pouco gordinho, pela média da população.

É sério, gente! A aparência tem muito a ver com o sucesso na carreira profissional, e a vida saudável paga dividendos em termos de salários maiores e uma empregabilidade maior. E eu até já li pesquisas que mostravam que quem come menos, vive mais!

Um forte abraço,

Thomas A. Case, Ph.D.


Fonte: A APARÊNCIA DO EXECUTIVO – Artigo - Jornal Carreira e Sucesso

domingo, 3 de abril de 2011

RENOVE SEU ESPIRITO...

Desenferrujar-se

Quantas e quantas vezes a melhor solução é sair do lugar, da posição que se ocupa, e ir ao encontro dos outros. Se não nos amam, vamos procurar amar e muita coisa vai mudar. Não esperar que sempre venham atrás da gente, que nos tratem bem.

Não se deixe enferrujar pela vida! Renove seu espírito! Redescubra novos ideais! Alimente outros objetivos! E a sua vida não se estagnará, mas terá nova dinâmica. Depende muito de você!

O fim de uma pessoa começa quando ela pensa que já chegou onde queria, que já realizou o que desejava, que já esgotou seus sonhos.

Quando não se aspira a mais nada, quando não se tem mais nenhum objetivo a alcançar ou algo a fazer, a vida realmente torna-se um peso, envolve-se de tédio e vai acabando com a pessoa em pouco tempo. É lamentável chegar ao fim da vida sem sequer saber por que se viveu.

Autor Anônimo

domingo, 27 de março de 2011

O QUE É ENEAGRAMA?

O conceito sobre o que é Eneagrama é na maioria das vezes confundido com a abordagem utilizada para sua aplicação, base terapêutica ou filosofia com ele relacionada.
No Instituto Eneagrama utilizamos a abordagem da psicoterapia corporal de Willhelm Reich.
A principal característica desta abordagem reside no fato de termos confirmação de todo conteúdo emocional na observação da organização corporal e suas tensões equivalentes. Estes elementos ampliam e solidificam as perspectivas de diagnóstico do Tipo e o conseqüente prognóstico.

A visão de Tipo e possibilidades do indivíduo ganham ferramentas objetivas para o desenvolvimento de trabalhos com o Eneagrama.
Quando menciono diagnóstico quero dizer, por exemplo, que um Tipo 1 e consequentemente seu vício emocional a Raiva, é descrito em um conjunto de tensões musculares. Este conjunto, que é conhecido como couraça muscular do caráter, é também uma forma muito específica de organização da consciência. Ela limita a percepção de seu mundo interno e externo com um filtro que julga tudo em termos de exigência e esforço, construindo uma realidade empobrecida em uma dicotomia do certo e errado, justo e injusto. Mas para o indivíduo esta realidade é congruente, pois sua consciência está organizada desta forma. Isso é muito mais do que um conjunto de ações e comportamentos, que normalmente geram modelos estereotipados, é uma forma objetiva de leitura do Tipo no Eneagrama.
Consequentemente todo prognóstico ou linha de condução de trabalhos pós identificação do Tipo, objetiva ampliar a consciência sobre si e sobre esta organização limitada. Permitindo que o indivíduo dirija uma gradativa reorganização da consciência, agora incluindo aspectos antes rejeitados pelo estreito filtro. Ampliando o leque de possibilidades em seu movimento ao mundo e consequente aumento do que chamamos de livre arbítrio.

O PLANETA AMARELO

Era uma vez um pequeno planeta amarelo. Ele fazia parte de um grupo de 7 planetas pequenos e coloridos. Cada um era de uma cor: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul claro, azul escuro e roxo. Eles eram comandados por um grande planeta chamado Cereb, que era todo colorido, como a nossa Terra.


No planeta amarelo, tudo era amarelo. As árvores, as flores, a água, a terra. Havia muitos animais e muitos tipos de vida ali. Ele era muito bonito e muito alegre. Uma grande quantidade dos frutos amarelos de suas árvores amarelas eram distribuídos para os outros planetas, que não possuíam amarelo. Ele alimentava os seus vizinhos com o amarelo. Os planetas vizinhos, por sua vez, enviavam para ele os seus frutos, para alimentá-lo com as outras cores, pois todos eles precisavam de todas as cores para viver. Com essa troca eles se ajudavam uns aos outros e conviviam harmoniosamente.


Um dia, no planeta amarelo, houve uma grande tempestade de gelo que destruiu todas as plantas. Ele ficou doente. Aí ele não podia mais mandar os frutos amarelos para seus amigos vizinhos.


Os vizinhos ficaram tristes e sentiam muita falta do amarelo. Eles não podiam ficar sem o amarelo e tiveram de pedir ajuda para Cereb. Ele sempre os ajudava e os protegia dos inimigos invasores, porém era muito exigente. Fazia com que os planetinhas trabalhassem muito, para depois ganhar um pouco das cores de que precisavam. Eles ficavam cansados, porém precisavam se abastecer de cores para viver e então faziam tudo que o Cereb mandava, e desta forma também colaboravam para o equilíbrio planetário.


Desta vez, a tarefa que Cereb lhes deu não era muito fácil: criar um jeito de produzir as substâncias do amarelo, por conta própria, cada um no seu planeta,. Isso eles não sabiam fazer. Mesmo assim, tentaram. Fizeram reuniões, conversaram, trocaram idéias, tomaram remédios, mas nada deu certo.


Resolveram, então, pedir ajuda a uma fada que morava nas estrelas: a fada BRANCA, que possuía todas as cores do arco-íris. A fada lhes disse que, no centro de cada planeta, bem no fundo, havia uma grande caverna, em forma de coração, que continha um tesouro. Esse tesouro possuía todas as cores e se eles o encontrassem não precisariam mais se submeter às extravagâncias de Cereb. Seriam auto-suficientes, isto é, teriam dentro de si mesmos todas as cores e não haveria mais a necessidade de trocar com os outros planetinhas. O Planeta Amarelo também poderia recuperar-se, tendo de novo suas árvores e seus frutos através desse tesouro.


A fada Branca lhes ensinou como chegar nessa caverna. Era preciso fazer uma grande viagem para dentro de si mesmos e descobrir o lugar certo onde estava o tesouro. Isso deveria ser feito através da Imaginação. Ela lhes ensinou também as palavras mágicas para abrir a porta da caverna. Talvez eles encontrassem alguns obstáculos na viagem. Outras palavras mágicas os ajudaria a superá-los.


Para iniciar a viagem eles só precisavam acreditar nisso. A palavra mágica era: . Para superar obstáculos era: CONFIANÇA. Para abrir a caverna era: AMOR.


No dia seguinte, assim como todos os outros, o Planeta Amarelo partiu para o centro de si mesmo, cheio de , repetindo a palavra mágica a todo momento. Quando ficou cansado, desanimado, com frio, com fome ele repetiu a palavra mágica: CONFIANÇA. Quando finalmente chegou ao centro do planeta, diante da caverna Coração começou a gritar sem parar a palavra mágica: AMOR, AMOR, AMOR.

E a caverna Coração foi se abrindo, lentamente. Ele pôde ver, extasiado, as cores do arco-íris saindo de dentro dela, uma por uma, como fachos de luzes, cada um de uma cor. Quando a porta se abriu inteira, todas as luzes saíram juntas e se espalharam por todo o planeta, curando e colorindo tudo por onde passavam. Ele ficou muito feliz e percebeu que todo o seu planeta estava colorido. As árvores e as plantas haviam se tornado verdes, cheias de frutos amarelos. As flores eram agora de todas as cores: brancas, amarelas, cor-de-rosa, vermelhas etc. A terra ficou marrom e os passarinhos possuíam penas de todas as cores. Percebeu então que seu planeta estava curado. Deixou a porta da caverna Coração aberta, para que ele nunca mais precisasse pedir nada a ninguém, pois tudo que ele precisava para se curar de qualquer problema estava dentro dele mesmo.


Os outros planetinhas também encontraram sua caverna Coração e ganharam todas as cores. Assim, continuaram amigos e conviveram em paz, saudáveis e felizes para sempre. Cereb, também ficou muito feliz por ver os planetinhas com sua saúde recuperada.

REFLEXÃO:
Deixo aqui uma reflexão. Existe alguma analogia entre a mensagem e cada um de nós? É importante refletir como estamos,  relacionando esse assunto com a nossa vida atual. Somos auto-suficientes? Temos dentro de nós mesmo todas as cores e não há mais a necessidade de somar com os outros? Ou precisamos compartilhar com os outros oferecendo-lhes um pouco do tesouro valioso que existe em nós e recebendo do outro parte do tesouro dele da qual somos carentes? É preciso fazer uma grande viagem para dentro de nós mesmos e descobrir o lugar certo onde está esse  tesouro.
Maria José de Azevedo

sábado, 19 de março de 2011

NÃO É FÁCIL SER OTIMISTA

 Francisco Blagevitch, presidente da Asyst International para a América Latina

Não é fácil ser otimista, ainda mais se levarmos em consideração os noticiários recentes. Mas em situações adversas creio que a única saída é tentar enxergá-las pelo lado bom, trabalhando para que o melhor aconteça. Percebo que a vida e os problemas ficam menores quando os “atacamos” com altas doses de alegria. Não há mau humor que resista, por exemplo, a uma boa e verdadeira gargalhada.

Particularmente, creio que já nasci otimista. Não posso reclamar e nem tenho motivos para tanto, ao contrário, só posso agradecer. Mas nem sempre a vida foi um “mar de rosas”. Tive que lutar para que meus sonhos virassem projetos e mais tarde, felizmente, se tornassem realidade. E aplico meu otimismo não só no lado pessoal, mas especialmente no cotidiano corporativo.

Obviamente que para conquistar credibilidade e sucesso no mundo dos negócios, ainda mais no setor de prestação de serviços em Tecnologia da Informação (TI), foram necessários muito esforço, dedicação e coragem. E, acima de tudo, tive de contar com o meu já conhecido amigo otimismo. Até que conseguíssemos fechar contratos e viabilizar negócios, percorremos um longo caminho, repleto de “nãos” e adversidades. Mas sempre acreditamos no “sim”, no valor do nosso trabalho e ingenuamente, no pote de ouro ao final do arco-íris. E até agora tem dado certo.

Com esta mania de enxergar o melhor em tudo, acredito no poder da mudança e que o Brasil tem todos os ingredientes para se tornar uma das maiores potências do futuro. Sou um verdadeiro ufanista (não só em ano de Copa do Mundo) e é evidente que temos criatividade, capital humano e talento de sobra para fazer mais do que bonito aqui e lá fora. Afinal, somos referência em diversas áreas, como esporte, publicidade e tantas outras. Respeito o “american way of life”, mas aposto muito mais no jogo de cintura, na receptividade, no honesto e no criativo “jeitinho brasileiro”.

Não podemos negar que quando se tem quase tudo é mais fácil ter uma visão otimista da vida. No entanto, esta afirmação cai por terra se lembramos dos vários exemplos de superação, de personalidades e pessoas comuns que saíram da estaca zero, driblaram as dificuldades e fizeram em suas vidas verdadeiros gols de placa. O que dizer dos pintores que conseguem criar suas telas usando a boca e os pés? E de Jonas Lopes da Silva, filho de um pedreiro e de uma cortadora de cana, que deixou os canaviais para ingressar no curso de medicina da UPE (Universidade do Estado de Pernambuco), um dos mais disputados da região?

Ao invés de lamentarem as adversidades que surgiram em seus caminhos, eles reescrevam sabiamente suas histórias. O otimismo, sem sombra de dúvidas, estava por trás disso.

Com ousadia e gana de enxergar a vida pelo lado positivo, conseguindo extrair até do caos um novo caminho, é possível se reinventar. Ao invés de usar a Síndrome de Gabriela (eu nasci assim, eu vivi assim, vou morrer assim) para justificar qualquer pessimismo, façamos do otimismo nosso aliado. Muito mais do que uma escolha, a alegria deveria ser uma obrigação de cada um de nós. Afinal de contas, ser pessimista deve dar muito trabalho. E nunca pode ser maior do que a vontade de trabalhar, vencer e prosperar.

Oração de São Francisco

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mudar o mundo

Comece mudando a si mesmo. Ninguém muda o mundo se não consegue mudar a si mesmo ...

Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele os mesmos efeitos e conseqüências de sua exploração ...

Seja responsável: não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo. Quem tem um pouquinho de bom senso percebe que podemos viver em harmonia, respeitando direitos e deveres ...

Acredite em um mundo melhor. Coragem, Honestidade, Sinceridade, Fé, Esperança são virtudes gratuitas que dependem de seu esforço e comprometimento com sua Honra e Caráter. Não espere recompensas por estas virtudes, tenha-as por consciência de seu papel neste processo ...

Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizarás o suor de teu esforço para alcançar seus objetivos ...

Busque a Verdade, a Perfeição, uma posição realista frente aos obstáculos, uma atitude positiva diante da vida...

Defenda, participe, integre-se à luta pacífica pela Justiça, Paz e Amor. Um mundo justo é pacífico, e onde há paz pode-se estar preparado para viver um grande Amor ...

RODRIGO BENTES DINIZ

A PARABOLA DA XICARA DA CHA


Havia um casal muito rico, que costumava ir à Inglaterra para fazer compras em belas lojas. Ambos gostavam muito de antiguidades e cerâmicas e especialmente de conjuntos para chá. Aquele era o dia do vigésimo quinto aniversário de casamento e eles não resistiram, quando viram uma xícara muito bonita, na vitrine de uma loja. Empolgados, logo disseram: - Podemos ver aquela xícara? Nunca vimos um tão bonito assim. Quando a vendedora lhes entregou a xícara ,ela muito orgulhosa de si mesma, começou a contar-lhes a história da sua vida e falou.

- Vocês não sabem. Eu não fui sempre uma xícara de chá. - Houve uma época em que eu era vermelho e eu era pura argila. Meu mestre apanhou-me, me enrolou e me deu repetidas palmadas até que gritei, 'deixe-me em paz', mas sorrindo respondeu, 'ainda não'. - Depois fui colocada em uma roda e fiquei girando, girando, girando... 'Pare! Estou ficando tonta!' Eu gritei. Mas o mestre apenas assentiu e disse, 'ainda não'. - Então, para piorar ainda mais, colocou-me no forno. Nunca senti tanto calor.

Eu quis saber porque ele queria me queimar, e gritei e bati na porta. Eu podia vê-lo através de uma abertura e eu podia ler seus lábios enquanto balançava a cabeça, 'ainda não'. - Finalmente abriu a porta, colocou-me sobre a prateleira, e eu comecei a me refrescar. 'Agora está melhor', eu disse. E ele me escovou e me pintou. O cheiro era horrível. 'Para, para!' Eu gritei. Apenas assentiu, 'ainda não'. - Então de repente levou-me de volta ao forno, não como o primeiro. Este era muito mais quente. Eu implorei. Eu supliquei. Eu gritei. E gritei. E podia vê-lo apenas dizendo, 'ainda não'.

- Então comecei a perder as esperanças. Mas a porta abriu-se e ele me removeu e me colocou na prateleira. Uma hora mais tarde entregou-me um espelho e não poderia ser eu. Era bonita. Eu estava linda. - E, então, o mestre me disse, 'eu sei que lhe feri, que lhe dei palmadas, mas se eu o tivesse deixado em paz, você teria secado. Eu sei que lhe deixei tonta ao fazê-la girar, mas se eu tivesse parado, você se desmancharia.

Eu sei que lhe feri ao prendê-la no forno, mas se eu não o fizesse, você racharia. Eu sei que o cheiro da tinta era horrível, mas se eu não fizesse aquilo, você nunca endureceria; você não teria nenhuma cor em sua vida. E se eu não colocasse você de volta no segundo forno, você não sobreviveria por muito tempo porque não teria resistência. Agora você é um produto pronto. Você é exatamente o que eu tinha em mente quando comecei a trabalhar com você'. - Agora, vocês sabem porque sofrem algumas vezes.... Deus precisa te moldar para que você possa refletir a sua imagem e semelhança, por mais que esteja difícil este processo, espere mais um pouco que você já estará pronto pra prosseguir....
www.vivermaissimples.com/2010/08/filosofia-do-cha

QUEM TRABALHA E ACREDITA SEMPRE ALCANÇA

Não é fácil ser otimista, ainda mais se levarmos em consideração os noticiários recentes. Mas em situações adversas creio que a única saída é tentar enxergá-las pelo lado bom, trabalhando para que o melhor aconteça. Percebo que a vida e os problemas ficam menores quando os “atacamos” com altas doses de alegria. Não há mau humor que resista, por exemplo, a uma boa e verdadeira gargalhada.

Particularmente, creio que já nasci otimista. Não posso reclamar e nem tenho motivos para tanto, ao contrário, só posso agradecer. Mas nem sempre a vida foi um “mar de rosas”. Tive que lutar para que meus sonhos virassem projetos e mais tarde, felizmente, se tornassem realidade. E aplico meu otimismo não só no lado pessoal, mas especialmente no cotidiano corporativo.

Obviamente que para conquistar credibilidade e sucesso no mundo dos negócios, ainda mais no setor de prestação de serviços em Tecnologia da Informação (TI), foram necessários muito esforço, dedicação e coragem. E, acima de tudo, tive de contar com o meu já conhecido amigo otimismo. Até que conseguíssemos fechar contratos e viabilizar negócios, percorremos um longo caminho, repleto de “nãos” e adversidades. Mas sempre acreditamos no “sim”, no valor do nosso trabalho e ingenuamente, no pote de ouro ao final do arco-íris. E até agora tem dado certo.

Com esta mania de enxergar o melhor em tudo, acredito no poder da mudança e que o Brasil tem todos os ingredientes para se tornar uma das maiores potências do futuro. Sou um verdadeiro ufanista (não só em ano de Copa do Mundo) e é evidente que temos criatividade, capital humano e talento de sobra para fazer mais do que bonito aqui e lá fora. Afinal, somos referência em diversas áreas, como esporte, publicidade e tantas outras. Respeito o “american way of life”, mas aposto muito mais no jogo de cintura, na receptividade, no honesto e no criativo “jeitinho brasileiro”.

Não podemos negar que quando se tem quase tudo é mais fácil ter uma visão otimista da vida. No entanto, esta afirmação cai por terra se lembramos dos vários exemplos de superação, de personalidades e pessoas comuns que saíram da estaca zero, driblaram as dificuldades e fizeram em suas vidas verdadeiros gols de placa. O que dizer dos pintores que conseguem criar suas telas usando a boca e os pés? E de Jonas Lopes da Silva, filho de um pedreiro e de uma cortadora de cana, que deixou os canaviais para ingressar no curso de medicina da UPE (Universidade do Estado de Pernambuco), um dos mais disputados da região?

Ao invés de lamentarem as adversidades que surgiram em seus caminhos, eles reescrevam sabiamente suas histórias. O otimismo, sem sombra de dúvidas, estava por trás disso.

Com ousadia e gana de enxergar a vida pelo lado positivo, conseguindo extrair até do caos um novo caminho, é possível se reinventar. Ao invés de usar a Síndrome de Gabriela (eu nasci assim, eu vivi assim, vou morrer assim) para justificar qualquer pessimismo, façamos do otimismo nosso aliado. Muito mais do que uma escolha, a alegria deveria ser uma obrigação de cada um de nós. Afinal de contas, ser pessimista deve dar muito trabalho. E nunca pode ser maior do que a vontade de trabalhar, vencer e prosperar.

Francisco Blagevitch, presidente da Asyst International para a América Latina

terça-feira, 8 de março de 2011

DIÁLOGO COM DEUS.

VOCÊ: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui...
VOCÊ: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
VOCÊ: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando.... Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Ai, você fez de novo.
VOCÊ: Fiz o que?
DEUS: Me chamou! Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que posso ajudá-lo?
VOCÊ: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumprí-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
VOCÊ: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas prossiga sua oração.
VOCÊ: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espera ai! O que você quer dizer com isso?
VOCÊ: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
VOCÊ: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO. "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Esta falando sério?
VOCÊ: Claro! Por que não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
VOCÊ: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
VOCÊ: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei! Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá a televisão, as propagandas que você corre atrás e o pouco tempo que você dedica a Mim?
VOCÊ: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
VOCÊ: Esta certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente, peço saúde, mas não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e Você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
VOCÊ: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração está demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: ... "o pão nosso de cada dia nos dai hoje..."
DEUS: Pare ai! Você esta me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
VOCÊ: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..."
DEUS: E o seu irmão desprezado?
VOCÊ: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e a sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
VOCÊ: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
VOCÊ: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei.
VOCÊ: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
VOCÊ: Mais uma vez está certo! Mais só quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem, eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você, como está se sentindo?
VOCÊ: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
VOCÊ: "E não deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
VOCÊ: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
VOCÊ: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre a me pedir socorro.
VOCÊ: Estou com muita vergonha, Perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdôo a quem esta disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
VOCÊ: Terminar? Ah, sim, "AMÉM!"
DEUS: O que quer dizer AMÉM?
VOCÊ: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer AMÉM quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! quer dizer, ASSIM SEJA, concordo com tudo que rezei.
VOCÊ: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, aqueles que querem ser livres do pecado. Abençôo-te e fica com minha paz!
VOCÊ: Obrigado Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.
 
Desconheço o autor, se al´guém souber por gentileza me informa. Recebi via e-mail e estou postando-a porque achei a mensagem maravilhosa.

segunda-feira, 7 de março de 2011

DALAI LAMA E OS SETE PERPÉTUOS

Você conhece Neil Gaiman? Neil é um escritor britânico que mistura sonho e realidade em sua obra de HQ, Sandman, onde circula por um universo imaginário com seus personagens. São sete seres: destino, morte, desejo, desespero, delírio, destruição e sonho. Eles são conhecidos como os sete perpétuos.
Queria aproveitar a obra de Neil e falar um pouco sobre as coisas que nos impedem de ir além. Aproveitando que este é o slogan da Le Pera: a gente vai além.
Destino: Não acredito que as coisas estão pré-determinadas. Se resolvo fazer a coisa acontecer e ela acontece, percebo que sou eu quem faz a minha história. Ficar reclamando, apenas faz com que o problema aumente. Muitas vezes nos concentramos tanto nele que esquecemos de colocar energia na solução. Incorpore a máxima: Você é senhor do seu destino.
"Um dia, depois de dois anos de depressão e pânico, resolvi jogar todos os remédios no lixo e reconectar minha energia de ação. De lá para cá, decretei como seria meu destino".
Morte:Cada vez que você incorpora uma limitação na vida, é um obstáculo a mais que temos que vencer. Nossos medos são assim, vamos colecionando-os ao longo da existência, e um dia eles cobram a dívida. Decrete a morte de suas limitações. Liste-as e escolha uma. Coloque-se em situações-teste para ver se você as supera. Devagar, uma de cada vez. Ao superar, comemore, celebre e parta para a próxima.
"O pânico de avião era tão grande que fazia minhas viagens de carro. Um dia, conversando com o amigo Roberto Shyniashiki, ele me encorajou a tentar mais uma vez. Devagarzinho, entendi e acolhi meu medo, dando espaço ao amor próprio (era o que faltava na época). Depois de dois anos, em meu último vôo para São Paulo, voltei dormindo feito uma criança".
Desejo: Este é um dos mais complicados. O Dalai Lama diz que temos que esvaziar nossa mente do desejo, pois é ele que torna a vida do homem difícil. Uma forma de trabalhar com o desejo é separar o que é real do que é impulso. Ao sentir que deseja algo, aguarde alguns dias. Se depois disso ele ainda continuar lá, negocie com ele. Se houver legitimidade, ceda.
"A centrífuga de frutas e legumes 'mega-ultra-master' parecia a solução para uma alimentação mais saudável. O preço era salgado, algo em torno de mil reais. O desejo era enorme, mas cozinhei a história por meses em minha cabeça. Um belo dia, fui até a loja e comprei. Hoje, a uso quase diariamente. Desejo legítimo é aquele que perdura".
Desespero: Geralmente este amigo aparece junto com os problemas. De novo, Dalai Lama tem uma frase genial: "Se o problema tem solução, por que te desesperas? Se o problema não tem solução, por que te desesperas?". Para saber se o problema tem ou não solução é muito simples: se você está vivo, ele tem solução.
"No natal errei ao estacionar o carro perto da 25 de março. Na hora de ir embora, levei 1h30 para andar 4 quarteirões. Respirei fundo, liguei o ar condicionado e o som do carro. Definitivamente o problema não tinha solução."
Delírio: Em uma sociedade/vida tão cartesiana e racional, o delírio às vezes é um grande aliado. Tenho usado ele para tirar o estresse. De novo vem Dalai Lama na minha cabeça com a frase: "O problema só está superado quando rimos dele".
"Estava com a diretora de atendimento da agência na recepção, esperando um cliente nos atender. Sabíamos que a reunião seria dura, pois o cliente já estava reclamando sobre alguns problemas. A recepcionista, ela e eu mudos. Clima super pesado. De repente comecei a cacarejar bem baixinho, feito uma galinha. A recepcionista e a diretora explodiram em risadas. O clima amenizou e a reunião foi muito mais tranqüila".
Destruição: Freud fala sobre a seqüência emocional. Um gatilho que apertamos sempre que um desejo não é realizado. Ele funciona assim: desejo, frustração, raiva, destruição, culpa, autopunição e reparação. É importante ficarmos atentos em como este mecanismo inconsciente atua toda hora sobre nós.
"Houve um equívoco na comunicação entre uma amiga de anos e eu. Após isso, simplesmente comecei a ignorá-la. Depois de algumas semanas, refleti sobre essa atitude e percebi que eu a destruía internamente. Resolvi chamá-la para um papo e retomamos a relação".
Sonho: Sonho é coisa boa de se viver. Como diz o ditado: 'sonhar não paga imposto'. O problema é quando sonhamos alto demais e começamos a nos pressionar para atingir aquele ponto. Um amigo tem uma filosofia que ele chama de 'filosofia dos passos atarraxados'. Consiste no seguinte: Quando ele deseja algo, divide o caminho em cinco partes e dá um passo de cada vez, parafusando imaginariamente cada passo que dava no chão.
"Um amigo tinha um sonho antigo, queria comprar um barco mas faltava dinheiro. Uma vez por mês ele se divertia indo às lojas especializadas e comprando cabo, bóia e outros apetrechos baratos. Apesar da ansiedade, sabia que aquilo fazia parte da concretização de um sonho que se realizaria brevemente".
Em resumo, dificuldades sempre teremos. Elas fazem parte da vida. O que vai fazer a diferença é como você lida com elas. Para ir além, concentre-se na solução e não nos problemas.
Usei os sete perpétuos como arquétipos de nossa vida. Na verdade, não são apenas sete, mas vários. O importante é não negá-los, mas entendê-los e trabalhar com cada um deles. De resto é fazer a coisa acontecer e ir além. De forma tranqüila e simples.
Boa viagem.
Marcos Le Pera é escritor e acredita que se julgarmos menos, teremos uma sociedade mais justa.