quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DAR E RECEBER FEEDBACK

Um Grande Desafio da Competência Interpessoal                                                                             Denise Rodrigues Carvalho

Todos nós sabemos quais são os dois propósitos principais da comunicação:
- Proporcionar informação para que as pessoas possam conduzir-se nas suas tarefas;
- Proporcionar atitudes que promovam motivação, cooperação e satisfação nos clientes internos e externos.
Também sabemos que na comunicação interpessoal, apenas uma pequena parte da nossa mensagem é comunicada por meio de palavras. Assim, a composição da comunicação interpessoal é:
- 7% fala;
- 33% musicalidade e entonação;
- 60% comportamento.
Portanto, quando vamos dar ou receber feedback, utilizamos nossa habilidade de comunicação interpessoal, tendo como base nossos objetivos. Assim, dar feedback a uma pessoa significa fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas. Receber ou buscar feedback consiste em solicitar e receber reações dos outros, em termos verbais ou não-verbais, para conhecer  como o seu comportamentoestá afetando os outros, isto é, ver-se com olhos dos outros.
A Janela de Johari, idealizada por Joseph Luft e Harry Ingham (1961), é um instrumento para reduzir as deformações nos relacionamentos. É um bom auxílio para formarmos uma idéia clara de muitos dos nossos comportamentos, possibilitando uma auto-avaliação. Ela irá ilustrar o processo de dar e receber feedback, enfatizando dois processos principais que regulam o fluxo interpessoal eu-outros:
- Busca de feedback;
- Auto-exposição.
Janela de JohariConsiste em um quadro dividido em quatro, como se vê:
Carl Rogers no seu livro De pessoa para pessoa, descreve três qualidades fundamentais, que são aplicadas no processo de dar e receber feedback: congruência (autencidade), empatia e  consideração positiva.
Rogers acredita que o “crescimento pessoal é facilitado quando a relação é autêntica, sem “máscara” ou fachada, e apresenta abertamente os sentimentos e atitudes que nele surgem naquele momento. Isto é, congruência ou autencidade. A segunda qualidade é a empatia, que será mais explorada na seqüência deste artigo. A terceira qualidade é a consideração positiva, a  respeito dos outros, quando se apresenta uma atitude afetuosa, positiva e de aceitação em relação ao outro, valorizando-o como pessoa, aceitando-o com suas potencialidades e limitações.
Empatia - arma poderosa
A empatia é a ferramenta para conhecermos os outros. Quando nos colocamos no lugar do outro, podemos ser, sentir e olhar o mundo  do ponto de vista alheio. Significa deixar de pensar em nós e pensar como o outro pensaria. Observe, a seguir, como J. L. Moreno define empatia: “Quando eu te encontrar face a face, olhar a olhar, que eu possa arrancar os teus olhos e colocá-lo no lugar dos meus e que você possa arrancar meus olhos e colocar no lugar dos teus. Assim, você me verá com os meus olhos e eu te verei com os teus.”
A empatia só ocorre quando o líder alcança um grau de objetividade tal que lhe permita afastar-se de seu mundo subjetivo para colocar-se dentro do outro, sem misturar o seu interior ao da outra pessoa. Não havendo objetividade, teremos ao invés da empatia, o envolvimento emocional e  conseqüentemente, uma visão deturpada daquilo que se pensa ser o mundo interior do outro.

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